terça-feira, 22 de março de 2011

Poema da dor



Tudo que eu queria era ter você.
Um ser que me embriagou, perfumou
que me entorpeceu com seus encantos.

Você foi o meu sol, minha lua, foi o meu mar,
o mistério, a estrela que fazia minhas noites brilhar.

Foi meu riso, minha alegria e também minhas lágrimas.
Com você fui criança, fui jovem, me senti mais mulher.

Eu fui à exaltação, e você o silêncio.
Você era pássaro que voava em meu
jardim a me visitar, uma hora presente
e outra hora ausente.

Tantas vezes sonhei em estar em
seus braços, sentir os teus lábios,
degustar o seu doce hálito.

Olhar em seus olhos e afagar as suas mãos.
Não lia poesias, nem poemas, nem crônicas,
mas sei que gostava de ler quando lhe dirigia
doces palavras.

Você deixou doces lembranças de momentos
de êxtase, ardor e prazer.

Deixou palavras que acalentaram
o meu coração.

Ah! Alma que achei que podia ser minha.
Se esse amor acontecesse quem poderia
dizer ser ele é falso ou enganador?

Quisera eu que alguém pudesse
entender esse sentimento tão profundo.

Na juventude, eu me encantava, me
envolvia com que era somente externo.

Hoje mais madura somente quis estar
envolvida há uma aura de beleza interna.

Mas nem tudo é como gente quer.
Na vida tudo muda, muda-se às vontades,
mudam-se os tempos, mudam-se pensamentos
e desejos... Muda-se o próprio ser.

E de tudo que muda,
só não muda o amor.

Qual de nós dois mais errou?
Você despertou o sentimento que
tantas vezes me incendiou.

Eu te esperei, te esperei, mas o encontro jamais
concretizou, e o mais belo sentimento que tantas
vezes o meu coração acalentou e desejou
hoje tudo se findou.

Ficou o orgulho, a raiva, o que
de bom entre nós restou?

Não restou chance, perdão, reconciliação
tudo entre nós silenciou deixando dentro
do peito a tristeza, nos olhos as lágrimas
e no coração a dor.

17/01/2009

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